Um mapa do tesouro foi divulgado neste mês pelo Arquivo Nacional dos Países Baixos (Nationaal Archief). Todos os anos, a instituição publica coletâneas de documentos até então inacessíveis ao ao grande público, no que chama de “dia aberto”. A partir da divulgação, os documentos ficam disponíveis para análise e estudos, mas o acesso é controlado e feito sob medidas estritas de segurança.
Espólio teria sido enterrado em 1944 na Holanda, após o bombardeio de um banco; caçadores de relíquias tentam encontrar as joias desde então.
Mapa de tesouro nazista é divulgado ao público pelos Países Baixos / Reuters
A mais recente divulgação conta com um mapa de tesouro. Entre as relíquias enterradas estariam joias, relógios e pedras preciosas. As peças teriam sido roubadas por soldados alemães em 1944, após o bombardeio do Rotterdamsche Bank, um banco holandês localizado na cidade de Arnhem.
O documento, que permaneceu anos sob sigilo, é desenhado a mão e aponta a região onde despojos de guerra teriam sido enterrados. De acordo com as orientações, a riqueza estaria escondida na cidade de Ommeren, leste da Holanda, que fica a aproximadamente 40 km da cidade onde o banco foi bombardeado. Mas os caçadores de tesouro podem conter a empolgação: o espaço foi revistado rês vezes por autoridades e nem um único anel foi encontrado.
Holandeses saem em caça ao tesouro após revelação de antigo mapa nazista que esconderia ouro e diamantes / Reuters
Segundo os registros, o bombardeio resultou na explosão dos cofres e os soldados apressaram-se em recolher as preciosidades ali guardadas. Dias depois, porém, os soldados se depararam com a operação Market Garden, iniciada em setembro de 1944 pelos aliados a fim de recuperar uma série de pontos estratégicos dominados pelos alemães.
Com o avanço, os espólios teriam sido escondidos em caixas de munição e colocados num trem. Annet Waalkens, assessora do Arquivo, presume que foram enterrados em 1945, “algumas semanas antes da liberação da área pelos aliados”, diz ao jornal El Pais. O trabalho teria sido feita por uma pequena equipe de dois sargentos e um soldado das Wehmarcht, as Forças Armadas da Alemanha Nazista.
O boato do tesouro se espalhou, chegando até as autoridades holandesas, que passaram a buscar por confirmações e encontraram uma possível testemunha ocular do enterro milionário. Dos que participaram da ocultação, dois morreram em seguida e um não foi encontrado.
Apesar do empenho em confirmar esses rumores, o tesouro nunca foi encontrado. Autoridades holandesas apresentaram quatro hipóteses para a questão: A história poderia ter sido uma grande invenção; o tesouro poderia já ter sido encontrado por algum morador dos arredores; alguém do próprio instituto holandês, instituição que investigou o assunto, poderia ter encontrado e tomado posse. Cogitaram que o tesouro poderia até mesmo ter sido encontrado por algum oficial estadunidense destacado para aquela zona militar. O mistério continua, mas agora é acessível a um público maior de caçadores de relíquias.
Quem quiser pode ir ao Arquivo Nacional da Holanda, em Haia, e consultar o mapa / BBC
Fonte: VEJA (05/01/2023, 17h57)