sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Repositório Digital de Dados da Toponímia Histórica Mineira

Este repositório guarda um banco de dados que reúne informações sobre nomes e lugares, formados durante o processo de ocupação e definição do território de Minas Gerais, e que se encontram registrados em mapas do Setecentos ao Oitocentos Joanino.

Essas informações resultam de análises geográficas e linguísticas realizadas, diatópica e diacronicamente. Elas destacam a natureza, a origem e a motivação dos nomes estudados, bem como a categoria geográfica das localidades e as circunscrições político-administrativas e regionais as quais pertencem.


Topônimos

Cada nome de lugar guarda uma história, marca um espaço geográfico, está ligado ao nosso passado, a nossas origens; são signos linguísticos que, quando estudados, abrem-se em informações, sobretudo, históricas, geográficas, genealógicas, linguísticas, etnográficas sobre épocas recuadas.

No Repositório, nesta segunda edição, podem ser conhecidos cerca de 2300 topônimos históricos que possibilitaram, após a sua análise por uma equipe interdisciplinar, a organização de um banco com 34 500 dados. Apresentando este banco de dados históricos, espera-se contribuir para a ampliação do conhecimento sobre a Toponímia de Minas Gerais em épocas pretéritas e seu elevado valor cultural.

Mapas

Na organização do banco de dados do Repositório foram estudadas dezesseis imagens cartográficas relativas à representação de todo o território da capitania e ao de suas comarcas, circunscrições político-administrativas da América Portuguesa.

Esses mapas se encontram sob a guarda de bibliotecas e arquivos, no Brasil e em Portugal, e correspondem aos originais e cópias de época, manuscritos e coloridos. Eles apresentam, na composição dos cartuchos do título, da legenda e da escala, desenhos primorosos, incluindo os dos signos que configuram o espaço de representação.

A par desses aspectos estéticos, ressalta-se o valor dessas representações para os estudos da geografia e da história do território de Minas Gerais e para os de sua memória linguística.

Fonte: Toponímia Histórica de Minas Gerais, do Setecentos ao Oitocentos Joanino, em Mapas da Capitania e das Comarcas / organizadores Márcia Maria Duarte dos Santos, Antônio Gilberto Costa. – Belo Horizonte: UFMG/IGC, 2023

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

História do Espírito Santo Colonial em 50 Mapas

 A Secretaria de Cultura de Vitória (Semc), por meio da Lei municipal Rubem Braga, apresentou o lançamento do livro “História do Espírito Santo Colonial em 50 mapas”, escrito por Fabio Paiva Reis. O evento ocorreu no dia 17 de novembro, às 18h30, no auditório do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória.

A obra de Fabio Paiva Reis, historiador com formação pela Ufes, mestrado em História Social pela PUC-SP e doutorado em História pela Universidade do Minho, em Portugal, destaca os 50 mapas mais antigos do Espírito Santo. Apresenta reproduções coloridas em alta qualidade, acompanhadas de uma análise aprofundada dessas obras e sua relevância para a história do estado.

O autor destaca: “O livro é uma atualização da minha tese de doutorado, revisada e ampliada para atender ao público em geral. Existe um grande interesse em conhecer mais sobre o período colonial do Espírito Santo. Infelizmente, esse é provavelmente o período menos estudado da nossa história pelos pesquisadores. Quando comecei a encontrar os mapas que se tornaram a base da minha pesquisa, percebi que esse trabalho era necessário.”

“Esses mapas são verdadeiras obras de arte, pinturas feitas por cartógrafos especializados em transformar os relatos escritos dos viajantes e funcionários das coroas europeias em uma visão clara e bela de um Espírito Santo ainda em construção. Este livro nos proporciona a mesma visão do Espírito Santo colonial que os europeus tinham naquela época, uma verdadeira viagem no tempo”, complementa o historiador.

Fonte: História Capixaba, História do Espírito Santo Colonial em 50 Mapas, por Fabio Paiva Reis

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Paleo-Maps, o "Google Maps" da Pré-História

O Paleo-Maps é um atlas interativo que permite visualizar e navegar em 91 mapas paleogeográficos que vão desde o Fanerozoico (o éon em que nos encontramos, que começou há cerca de 542 milhões de anos) até ao Neoproterozóico tardio. A partir de um menu pendente no topo, pode escolher o tempo geológico de interesse e ver qual era o aspecto do planeta desde há 750 milhões de anos até aos dias de hoje.

No canto superior esquerdo, pode também escrever o nome do local onde vive, e assim descobrir como era (e onde estava) a sua cidade. Descobriremos assim, por exemplo, que Roma (e toda a Itália), estava no fundo de um grande oceano (o Oceano Tétis) há 260 milhões de anos, oceano no qual se teriam acumulado os sedimentos que hoje encontramos nas montanhas dos Apeninos e dos Alpes, enquanto outras partes da futura Europa (nessa altura ainda parte do supercontinente Pangeia), já tinham emergido.

Um menu pendente à direita permite navegar pelo planeta em diferentes fases importantes da evolução da vida, desde o aparecimento dos recifes de coral (alguns dos quais encontramos hoje nas rochas das nossas montanhas) até ao aparecimento dos primeiros vertebrados, desde a extinção dos dinossauros até ao aparecimento dos primeiros primatas.

A disposição dos continentes na Terra mudou ao longo de centenas de milhões de anos. 
Na reconstrução, é apresentado o supercontinente Pangeia, que se terá formado há cerca de 290 milhões de anos.

Os mapas paleogeográficos deste PaleoAtlas navegável ilustram a antiga configuração das bacias oceânicas e dos continentes, bem como importantes elementos topográficos e batimétricos como montanhas, planícies, mares pouco profundos, plataformas continentais e oceanos profundos, tornando a sua navegação ainda mais interessante.

Esta grande obra é o resultado da publicação dos mapas paleogeográficos de Christopher Scotese, com design gráfico de Ian Webster

Fonte: Meteored Itália - Lorenzo Pasqualini (22/09/2023 16:40)

domingo, 6 de agosto de 2023

HistoryMaps, o Mapa Interativo de Eventos Históricos do Mundo

Com uma proposta inteligente, o site HistoryMaps, apresenta aulas interativas incríveis sobre a história da humanidade desde Idade Antiga até a Idade Contemporânea, sendo o último material disponibilizado referente à Guerra do Golfo. O portal nada mais é do que uma combinação entre dois elementos, um mapa e uma linha do tempo de eventos.


A combinação desses dois fatores é que faz com que a mágica aconteça, levando o estudante, leitor, historiador ou entusiasta a aprender de maneira visual e intuitiva sobre diversos eventos que marcaram a história do nosso planeta. Este nível de imersão é o que destaca o HistoryMaps, oferecendo uma grande vantagem em relação aos livros que, embora tenham apelo para uma parcela dos estudantes e acadêmicos, nem sempre conseguem capturar a atenção da maioria dos leitores. O site aposta em conteúdo interativo e informativo para capturar a atenção do usuário, ensinando história de maneira mais interessante e divertida.


Ao permitir ao leitor basicamente viajar até a região onde dado evento ocorreu, o site gera um nível de imersão até então inexistente na maioria das mídias similares. O portal oferece não apenas imagens mas textos bem escritos, contando os detalhes de cada batalha ou período específico da história da humanidade. É possível acompanhar os principais acontecimentos históricos de várias partes do mundo divididos em linhas do tempo para facilitar o aprendizado.

Fonte: Mega Curioso (18/01/2023)

Florianópolis 350 anos: Quatro mapas históricos do Desterro

A Prefeitura de Florianópolis disponibilizou uma seleção de mapas históricos da Ilha de Santa Catarina na plataforma Geoportal. O conjunto de cartografias, datadas dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, foi lançado na semana de aniversário de 350 anos da cidade.

Mapa alemão de 1557 – Imagem: Cortesia da Biblioteca John Carter Brown (EUA)

“Plan de Ste. Catherine du Brésil”, Séc XVII – Imagem: Acervo da Fundação Biblioteca Nacional

Mapa francês de 1717 atribuído a Amédée François Frezier – Imagem: Acervo do Instituto Moreira Salles

Planta topográfica da Cidade do Desterro feita em 1876 pelos engenheiros Antonio Florencio Pereira do Lago e Carlos Othom Schlappa – Imagem: Acervo da Biblioteca Digital Hispânica

Segundo a prefeitura, o catálogo está em desenvolvimento, através de buscas em arquivos digitais, disponibilizados por instituições de conservação brasileiras e estrangeiras. Para o secretário de Planejamento e Inteligência Urbana, Michel Mittmann, a iniciativa aproximará moradores de Florianópolis com a história da cidade. “Cada mapa simboliza uma época diferente da Capital, com contexto, autor e propósito específico”, completa.

O projeto está sendo atualizado de maneira contínua e pode ser conferido neste link

Fonte: Correio de Santa Catarina (22/03/2023, 15:23)

sábado, 6 de maio de 2023

06 de maio - Dia Nacional do Engenheiro Cartógrafo



O Dia Nacional do Engenheiro Cartógrafo, também conhecido como Dia do Cartógrafo (06/05), foi instituído pela Sociedade Brasileira de Cartografia, em referência à data do mais antigo trabalho cartográfico registrado no Brasil.

O fato se deu em 27 de abril de 1500, segundo o Calendário Juliano utilizado na época, quando Mestre João, astrônomo da frota de Pedro Álvares Cabral, determinou a latitude da Baía de Cabrália – atual Porto Seguro. Porém, o documento foi enviado à corte juntamente com a carta de Pero Vaz de Caminha, na data corrigida para o atual Calendário Gregoriano, 6 de maio. 

Os cartógrafos são responsáveis pelo estudo, planejamento, coleta de dados, análise e organização de mapas, cartas e plantas. A Cartografia é uma das profissões mais antigas que existem e está ligada a diversas áreas de conhecimento.

Hoje, a maioria dos cursos de Engenharia Cartográfica dá também a atribuição de Engenheiro de Agrimensura. Desta forma, o profissional é denominado Engenheiro Cartógrafo e de Agrimensura.

quarta-feira, 29 de março de 2023

Desvendando um Mapa Histórico e seus Mistérios

No terceiro andar do Espaço do Conhecimento UFMG, na instalação Mercatu Mundi da exposição Demasiado Humano, há um mapa histórico. Esse mapa, além de representações geográficas (continentes, cidades, rios…), possui algumas ilustrações que chamam muita atenção. Ao avistarmos essa representação cartográfica, surgem algumas questões: Quem é o autor? Onde foi produzida? Em que ano? Qual era o contexto de sua produção? Com que técnicas ela foi feita? Quais foram as referências utilizadas pelo autor?

Mercatu Mundi – Exposição Demasiado Humano. Fonte: Espaço do Conhecimento UFMG

O vídeo a seguir responde algumas dessas perguntas. Apresenta curiosidades sobre o mapa “América” presente na instalação Mercatu Mundi que integra a exposição de longa duração “Demasiado Humano” do Espaço do Conhecimento UFMG. No vídeo, Gabriela Arsênio, mediadora do museu e estudante de teatro, apresenta uma adaptação do texto “Desvendando um mapa histórico e seus mistérios”, publicado no Blog do Espaço

Fonte: Espaço do Conhecimento UFMG (08/02/2022)

quarta-feira, 8 de março de 2023

Espanha se torna o primeiro país com um 'google maps' sobre sua história

A plataforma "Historia Hispánica", https://historia-hispanica.rah.es/, lançada pela Real Academia da História, permite a visualização de uma coleção composta por 20.000 eventos e 50.000 personagens. Embora todos eles sejam baseados na história hispânica, não se limitam ao mapa geográfico da Espanha. De fato, você pode obter todo tipo de informação em regiões relacionadas à história do país, como América, África e resto da Europa.

É o maior banco de informações sobre a história hispânica que existe hoje. Em apenas alguns minutos de uso, a dinâmica é clara. Ao clicar em cada um dos pontos, você poderá acessar personagens e eventos históricos. Você também pode ampliar para ver detalhes mais específicos de um local, assim como navegar no Google Maps. Além disso, eles instalaram uma barra de pesquisa para que você encontre pessoas ou momentos específicos, se desejar.


Percorrendo o mapa, você encontrará informações relevantes sobre uma área específica. No entanto, você também pode ser mais específico procurando nomes, épocas, lugares e temas específicos da história.

O mapa da Real Academia da História cobre grandes períodos de tempo. O registro mais antigo que podemos encontrar data do ano 1.350.000 AC, e é projetado para o presente imediato em várias regiões do mundo. Claro, todos os tópicos serão relacionados à Espanha, então o índice será especialmente variado ao olhar para áreas que já estiveram sob o domínio espanhol, ou que foram importantes para a história do país em algum grau.

Todas as biografias em que o mapa se baseia foram assinadas por especialistas. De fato, para sua criação foi necessária a contribuição de até 5.000 historiadores e meio milhar de instituições científicas, nacionais e internacionais. Todos eles foram úteis no desenvolvimento do banco de dados.




Como usar a nova plataforma digital

Como explica Jaime Olmedo, diretor técnico do projeto, a forma mais direta de explorar a história hispânica é tocando no mapa. Você pode ampliar e pesquisar pontos específicos que lhe interessam. Ao tocá-los, uma série de personagens nascidos ou falecidos na região se abrirá, e até eventos que aconteceram na área. Tudo organizado em ordem alfabética.

Se você clicar em um personagem, sua biografia será aberta. Se houver bibliografia relacionada a ele, ela também estará disponível na mesma página. O mesmo acontecerá com os eventos históricos que você encontrar.

A outra maneira mais comum de navegar no banco de dados é usando o mecanismo de pesquisa na parte superior. Pesquise qualquer palavra, personagem, nome de lugar ou tópico de seu interesse. Olmedo usou as palavras-chave "Palácio Real de Madrid" durante a apresentação, o que deu origem a uma série de eventos que ocorreram dentro de seus muros. Como exemplo, a assinatura do Tratado de adesão da Espanha à União Europeia em 1985.

Por fim, você pode pesquisar na faixa inferior da web. A partir daqui você terá acesso a quatro seções. É um método que permite buscas mais restritas sob determinadas especificações, como "Quem", "Quando", "Onde" e "O quê".

Fonte: Hipertextual (01/03/2023)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Pesquisadores lançam Atlas do Pernambuco Indígena

Pernambuco tem a quarta maior população indígena do Brasil. Para traçar o perfil dos povos originários, pesquisadores de universidades do Nordeste criaram um atlas virtual com dados sobre as etnias que vivem no estado. O projeto Atlas do Pernambuco Indígena, reúne informações sobre a temática em formato de mapas interativos, textos e imagens. O conteúdo foi organizado com o intuito de alcançar um público amplo e não especializado.


O Atlas foi idealizado pelos antropólogos Lara Erendira de Andrade e Martins Palitot e trata dos povos indígenas, desde o período colonial até a contemporaneidade. Ele aponta a localização das etnias, a partir de informações do Censo de 2010.

O site atlasindigena.org também funciona como um blog. Conta com uma série de postagens e reúne pesquisas de antropólogos e pesquisadores, de forma acessível para o público geral.

Fonte: G1 PE (27/01/2023 13h25)